terça-feira, 29 de março de 2011

Caetano, Veja, Maria Bethânia, Tognolli, Lobão, Folha de São Paulo... os bastidores do Podre.

Abaixo um intrigante fato que nos faz pensar sobre os bastidores da indústria cultural do nosso País. A defesa de Caetano, em artigo no O Globo de domingo (27), sobre a polêmica envolvendo sua irmã, a cantora Maria Bethânia, a respeito da captação de recurso, via lei Rouanet, para a contrução do seu blog de poesia, gerou uma contra resposta do jornalista Claudio JulioTognolli que, no mínimo, mostra-nos a vileza de caráter de alguns artistas e jornalistas brasileiros. 
    

Defendendo a irmã. Caetano Veloso diz que Veja aderiu ao "linchamento" de Maria Bethânia
"O cantor e compositor Caetano Veloso atacou a imprensa pela polêmica envolvendo sua irmã Maria Bethânia que no começo do mês foi criticada por ter recebido autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão na criação de um blog com 365 vídeos em que interpretaria poesias.

"Aliás, a 'Veja' (não, Reinaldo, não danço com você nem morta!) aderiu ao linchamento de Bethânia com a mesma gana (...) A 'Veja' logo pôs que Bethânia tinha ganho R$ 1,3 milhão quando sabe-se que a equipe que a aconselhou a estender à internet o trabalho que vem fazendo apenas conseguiu aprovação do MinC para tentar captar, tendo esse valor como teto. Os editores da revista e do jornal sabem que estão enganando os leitores", disse em sua coluna no jornal O Globo, publicada neste domingo (27/3).

Além da Veja, Caetano também criticou a Folha de S. Paulo, que divulgou a notícia em primeira mão. "A 'Folha' disparou, maliciosamente, o caso. E o tratou com mais malícia do que se esperaria de um jornal que - embora seu dono e editor tenha dito à revista "Imprensa", faz décadas, que seu modelo era a "Veja" - se vende como isento e aberto ao debate em nome do esclarecimento geral".

Caetano citou os jornalistas Ricardo Noblat e Mônica Bergamo, que também divulgaram a polêmica de Bethânia. "Certos jornalistas precisam sentir na pele os danos que causam com suas leviandades. Toda a grita veio com o corinho que repete o epíteto 'máfia do dendê', expressão cunhada por um tal Tognolli, que escreveu o livro de Lobão, pois este é incapaz de redigir (não é todo cantor de rádio que escreve um 'Verdade tropical'). Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão", contestou."

(Comunique-se)

Tognolli rebate Caetano
"Caetano Veloso, em artigo feroz no Globo neste domingo 27, põe-se acima do bem e do mal: para variar. Sustem ataques contra toda a mídia. Tudo porque, a partir deste Brasil 247, tornou-se pública, a partir de nossa reportagem, a base de dados dos que mamam nas tetas da vaca profana do erário. A base de dados torna Maria Bethânia café pequeno face outros artistas consagrados que pedem verbas polpudas para o erário. Mas Caetano deu uma dica: quem convidou Bethânia para apresentar o projeto foi Hermano, irmão de Herbert Vianna. Eu não sabia que Hermano era lobista. Thanx pela dica, Leãozinho.
A revista Veja deste domingo resgata a reportagem do Brasil 247. E o repórter Sérgio Martins ilumina ainda mais o caso: mostra que, nos EUA, artistas ficam famosos e ricos, com grana do público pagante. Para depois reverterem o dinheiro privado à caridade. No Brasil é o contrário: mama-se do público, por interesses privados inconfessáveis.
Em abril de 1999, o finado gênio Sérgio de Souza botou a mim na capa da revista Caros Amigos. Ali denunciei o que chamava de "máfia do dendê": como artistas baianos, sobretudo Gilberto Gil e Caetano, comandavam demissões nas redações do Brasil. Jornalistas que não apoiavam artistas ungidos por Caetano e Gil eram demitidos ou procrastinados em grandes jornais. Lembro de Caetano, por exemplo, ter apelidado grandes articulistas e repórteres da Folha de S. Paulo, como Luis Antonio Giron e Pedro Alexandre Sanches, de "os branquinhos da Folha". André Forastieri, por exemplo, foi demitido a pedido de Caetano, depois de ter criticado, acidamente, a apresentação que Regina Casé fez de um MTV Awards brazuca.
Na Caros Amigos de 1999, eu mesmo entreguei uma foto, de uma reportagem encomendada pela Máfia do Dendê: era um pedido de Gilberto Gil, para que elogiassem o finado Dorival Caymmi em seus então 80 anos de vida. Abandonei meu emprego, por causa desse pedido, entre outras cousas. Mas tive de cumpri-lo: era o leite dos meus gatinhos em jogo. Eu tinha um cargo de confiança.
Em 2006, o leitor há que lembrar, Paulinho da Viola reclamou da máfia do dendê quando notou, em certo festival, que seu cachê era milionariamente inferior ao de Caetano.
Caetano Veloso, em seu artigo do Globo deste domingo, me chama de "um tal Tognolli". Mostra que guardou o termo "máfia do dendê", dentro de si, como um sapo de macumba. Caetano tece acusações ad hominem contra meia dúzia de jornalistas. No meu caso, relata que a biografia que escrevi como co-autor de Lobão, 50 anos a mil, não foi redigida por Lobo. Mentira, óbvio: aí apenas cuidei das investigações dos bancos de dados, entrevistas e busca (muito difícil) da papelada judicial que o pós-ditadura teceu contra Lobão. Vou para meu oitavo livro. O primeiro, o Século do Crime, de 1996, pela editora Boitempo, já saiu levando um prêmio Jabuti --o que me faz defecar e caminhar pela defesa que Caetano faz do Jabuti do Chico Buarque.
A rede de influência e lobby criada nas redações por Caetano e Gil é viva. Mas agoniza. Eis porque Caetano rodou a baiana: porque as baianas estão rodando. Temos ainda, numa grande redação, um editor que lê, avanta la lettre, para Chico Buarque, tudo o que vai sair contra ele no jornal do dia seguinte. Mas é um caso isolado: e igualmente nos seus estertores.
O problema é que a "Máfia do dendê" se sofisticou: passou de operar politicamente, nas redações, para operar economicamente, desde que Gil tornou-se ministro da Cultura, sob Lula.
Se você for na base dos projetos ungidos, legal mas imoralmente, pelo Ministério da Cultura, que se encontra aqui:
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2011/02/CNIC-184.pdf
Verá o número do projeto. De posse dele, insira-o aqui:
http://sistemas.cultura.gov.br/salicnet/Salicnet/Salicnet.php
E veja quem, detalhadamente, está tendo sua grana da viúva aprovada.
Fica a dica: tente, leitor, ver quais os advogados conseguiram obter a aprovação de projetos mais caros. Caso, leitor, você estabeleça alguma conexão entre Gilberto Gil, Flora Gil e Hermano Viana e esses advogados, te dou um doce. A questão está em aberto para as autoridades e deputados.
Antes de Lula, a parte mais sensível da Máfia do Dendê era o ego. Hoje é o bolso
P.S. - Meu nome pode ser Jack Abramoff e eu me exercito todos os dias..."
(Brasil247)

1 comentários:

Anônimo disse...

Para finalizar esta polemica ridicula e idiota o que posso dizer e o seguinte: Bethania faz parte dos mitos dos Deuses....porque ela no palco contagia as divindades...E DEIXA OS PATÉTICOS LOBOES E OUTROS BOBOS TWITTEIROS MORREREM A MINGUA...POIS ELA OU FEIA OU BONITA TRADUZ O CHARME E O TALENTO DE QUEM NASCEU PRA BRILHAR E SER SUPERIOR.
QUE POLEMICA BESTA MEU DEUS...VAO ATRAS DO QUE REALMENTE E IMORAL NESTE PAIS SEUS IMBECIS.

 
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