Foi ontem, à hora do almoço, que me informaram sobre as pretensões rapinosas dos EUA, de tomar posse da área do pré-sal brasileiro. Fiz cara cínica de espanto. Mas insisti - como chegou a essa conclusão? - Pelo que vi e ouvi do amigo como resposta, há uma permanente frota estadunidense naquela região esperando o momento oportuno para tomar do que de direito é do Brasil, dizia ele. Não consegui entender tamanha ênfase do meu interlocutor, assunto por demais mexido e remexido. Claro, nunca como notícia oficial, mas como boatos, de toda a sorte de naturezas. Tomando nota do assunto exposto, fiquei mesmo perplexo ao imaginar o mundo com duas nações gigantescas, EUA e China, precisando urgentemente do ouro negro para atender suas demandas sempre crescentes. Pensei, comi, pensei novamente e comi mais um pouco e logo pensei: como somos pretensiosos em repassar informações para os outros de temas tão fugidos do entendimento. Será assim com os novos jornalistas que saem das inúmeras faculdades da cidade, sempre prontos a repassar alguma notícia que a falta de bom senso tolheu a vontade de averiguar?
Levantei-me. Fui ler um bom livro sobre crônicas para conhecer como pensavam os protagonistas da minha cidade na década de setenta. Os jornalistas, os industriais, os avant première, como se diz no livro que escolhi. “Cartas do Beco” deixou-me fascinado pelo vernáculo hoje esquecido. O Autor, apreciador de uísques dos bons, fala de solidão mesmo acompanhado de amigos, mulheres, carros e outros temas. O livro instiga o estudante de jornalismo, o historiador e o admirador de literatura. Como estudante de jornalismo, nos faz refletir sobre vários pontos. Dentre eles, o financeiro: “classe média metida à besta”. Nada mudou. Ou pior, mudou, e muito. Estamos mais metidos. Afogados em créditos, sempre esquecendo a palavra débito a reboque.
Você meu caro autor e ora leitor, receba meus mais sinceros votos de agradecimento por tardes tão agradáveis com palavras ricas em dados históricos e alma idem.
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