segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Israel prefere Mitt Romney para próximo presidente dos EUA

As eleições nos EUA estão na sua fase final, e a pergunta que nenhum dos candidatos respodeu de forma satisfatória foi: qual será a relação do próximo presidente dos Estados Unidos da América com o Oriente Médio?

Nos debates, sobraram questões internas que, na atual conjuntura econômica do país, são de vital importância e preocupação. Porém, não é somente uma parte do eleitor norte-americano que está acompanhando os passos dos candidatos. O mundo está de olho. A Europa Ocidental,  Israel e outras regiões do Oriente Médio que não foram marcadas por revoltas e tumultos, também estão acompanhando com bastante interesse o desfecho dessa batalha.

Sobre as questões do Oriente Médio, região estratégica para os EUA, devido à grande reserva de petróleo, os dois candidatos tem ideias bem diferentes. Na concepção de Obama, o Iraque, por exemplo, já possui meios de se autogerir, afirmando que vai continuar com a redução gradual de tropas no país. Aliás, essa foi uma das promessas do democrata Obama nas eleições de 2009, chamar para casa os soldados norte-americanos que estão no Iraque desde a invasão e a tomada da capital Bagdá, com a consequente a prisão de Saddan Russein. Já o republicano Romney, acha que a saída de tropas do Iraque favoreceria à guerrilha e o aumento da desordem na região.

Para Israel, parceiro de longas datas dos EUA, o desejo, embora reprimido, é que o vencedor seja o candidato Mitt Romney. Romney, por diversas vezes, afirmou que considera inaceitável o programa nuclear do Irã, pois põe em risco a segurança de Israel. Já Obama anunciou que vai encabeçar um esforço internacional para reduzir o uso das armas nucleares, principalmente em países como Irã e Coreia do Norte.

 Assolada por revoltas populares, desde que principiou a chamada Primavera Árabe, na Tunísia, o Oriente Médio está mais voltado para seus problemas econômicos e transições democráticas tensas. Há até uma crença de que não importa quem seja o próximo presidente dos EUA, a política externa será a mesma para a região.

          O desafio do próximo presidente reside justamente em desmistificar essa crença.

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