quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ontem o Brasil perdeu de goleada

Mas como? Não ganhamos da seleção do Equador por 4 gols a zero? Perguntariam os mais desavisados. Não passamos para as Quartas de final da Copa América?

 

Sim passamos, mas a despeito do lugar-comum que o nome da nossa gloriosa pátria remete ao imaginário dos brasileiros, não estou falando de futebol. Estou falando de negócios. Onde brasileiros tem que torcer por brasileiros assim como no futebol. Onde o Estado tem que desenvolver e ajudar os nossos empreendedores mais audaciosos; aqueles que têm coragem para enfrentar os poderosos das grandes multinacionais.

 

Estivemos acompanhando nesses dias a tentativa de Abílio Diniz fundir o grupo Pão de Açúcar com o gigante francês Carrefour. Opa! Quem disse que o Pão de Açúcar ainda pertence à família Diniz? Ficou claro, pelos acontecimentos, que quem manda na rede é o sócio, também francês, Casino (lê-se Casinô). Na realidade, não há mais nenhum brasileiro no ramo dos maiores supermercados varejistas do país. Estão todos nas mãos de estrangeiros.

 

Foi no contexto da fusão com o Carrefour, que Abílio Diniz vislumbrou a possibilidade de retomar o controle do seu grupo, com a ajuda do 'famigerado' BNDES, Banco Nacional do Desenvolvimento - lembro-lhes que a alcunha de 'famigerado' é compreendida apenas por parte de nossa elite antinacionalista, intolerante aos brasileiros que tentam brigar de frente com as elites estrangeiras, principalmente por nossa grande mídia.

 

O grupo Casino decifrando as intenções de Diniz bate o pé e rejeita a fusão. Mas antes alguns setores da mídia observaram a oportunidade de bater mais uma vez no Governo: a opinião pública deveria ser avisada da entrada do BNDES no negócio, e informar, ou melhor, desinformar que ,naquele negócio sombrio entre Diniz e Carrefour, o cidadão contribuinte é quem pagaria a transação, passando a falsa ideia de que somente a elite poderosa do país tem privilégios quando se trata de créditos vultosos.

 

Nada mais falso. O BNDES nunca ajudou tanto empreendedores brasileiros; tanto pequenos, quanto os grandes. A imprensa só esqueceu-se de informar que os créditos são proporcionais ao volume de negócio de cada empreendedor. Então seria obvio que nessa operação de proporções gigantescas, que é o caso da fusão de duas das maiores redes varejistas de supermercados funcionando no país, precisaria de somas cada vez maiores para financiar suas expansões.

 

O BNDES tem sim que está junto de qualquer brasileiro que decida enfrentar com coragem os grupos multinacionais. E nenhum brasileiro tem o direito de descer à mediocridade quando só pensa no seu bolso. Até porque, sempre conhecemos alguém que trabalha numa grande empresa brasileira que teve ajuda do Banco para expandir suas atividades.

 

 O mercado é voraz, e para os empresários brasileiros, que recentemente estão descobrindo as regras pouco nobres da acirrada disputa por mercados externos, atitudes como essa, movida dentro do próprio país para desmoralizar o BNDES, vem em contramão na tentativa de fomentar o empreendedorismo tão importante para o Brasil.

 

Sem a concretização da fusão veremos um brasileiro ser engolido pelos empresários estrangeiros. E já aviso: a Walmart comprará o Carrefour.

 

Tal como aconteceu com o grande Barão de Mauá, na verdade o empresário nacionalista, ao longo da história, sempre teve que lutar contra os estrangeiros, e contra seus próprios compatriotas desavisados.  

 

É com imensos desserviços que nossa grande mídia não para de nos afrontar.    


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