quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Às sombras com a ditadura

Regular sempre é um verbo que causa desconfiança para quem o escuta. Não à toa. Tudo que soe parecido com controlar, vigiar, fiscalizar nos remeterá aos chamados 'anos de chumbo' pelo qual passou nosso país com a ascensão dos militares ao poder (1964 a 1985). Então, é natural que os donos dos principais veículos de comunicação reajam com excessiva veemência a qualquer tentativa de regulação promovida por diversos setores da sociedade civil organizada, quando levantam a discussão sobre urgência da criação de Conselhos de Comunicação, espalhados pelos estados do Brasil.

 

Não por acaso, os principais jornais tentam construir o discurso em cima dos perigos de uma possível volta aos terríveis anos da ditadura militar. Mas, a despeito dos jornais, e com o advento de novas tecnologias de comunicação - principalmente as redes sociais fecundas na internet-, a ideia de a sociedade ser um agente regulador das diversas mídias de comunicação ganha cada vez mais força, estando em sintonia com os últimos acontecimentos que gravitaram em torno das eleições passadas, onde claramente os principais órgãos de comunicação viraram verdadeiros partidos políticos, no claro intuito de divulgar as notícias que beneficiavam seus candidatos.

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