Nessas eleições, a Segurança estará novamente no centro das discussões e nas principais reivindicações dos cearenses para os candidatos ao Governo do Estado. Não é por menos, a droga está avançando na capital e no interior de forma alarmante, e o programa Ronda de Quarteirão, não está conseguindo coibir a escalada de violência no nosso estado. Talvez, em épocas em que não conhecíamos o poder devastador do crack, o Ronda, seria, com certeza, um dos melhores programas do Brasil na área de segurança pública. Porém, ele não consegue dar respostas rápidas diante da nova realidade dessa devastadora droga que não escolhe localidade, democraticamente destruindo as pessoas no norte, sul, leste e oeste do nosso Ceará. Uma pena, pois poderíamos estar discutindo coisas bem mais importantes nas eleições que se avizinham, como a educação, a saúde, o problema da seca verde no interior do Estado, ou mesmo discutindo a segurança, mas como uma coisa bem pontual, um ajuste ou um reparo num determinado serviço. Mas, infelizmente, mais uma vez, a segurança será a principal moeda eleitoral dos candidatos este ano.
Registre-se aí, uma parcela grande de culpa dos próprios integrantes do programa Ronda de Quarteirão, e das diversas trapalhadas, para ficarmos apenas nessa expressão: policiais colidindo seus possantes carros, subindo calçadas, batendo em postes, traficando proteção em troca de 'merenda', denúncias de utilização das viaturas como bordéis para práticas de sexo, enfim, um quadro idêntico das mesmas falhas encontradas nos PMs que faziam as diligências nas nossas ruas. A cultura é a mesma: abuso de autoridade e corrupção. Sem contar que, nesse fim de semana, tivemos um caso grave de falta de preparo para abordar certas situações. Um garoto de 14 anos foi vítima de um despreparado policial do Ronda, que o acertou com um tiro na nuca.
Graves problemas devem se discutidos e sanados pelo próximo governador, no que pese à segurança pública, principalmente na questão das drogas e na facilidade de aquisição de armas de fogo. Mas seria muito bom, também, discutir outros temas bastante relevantes para população. Mas acredito que, infelizmente, não será dessa vez.
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