Ah, a imagem
clássica do Natal! Crianças felizes, férias, presentes, a família
reunida ao redor de uma imensa árvore que enfeita a sala, e atrai a
atenção pelas luzes que dela irradia.
Ah, o cheiro do
Natal! Comidas gostosas, pratos dos mais variados e coloridos, sobremesas das mais inventivas e saborosas.
Melhor do que a
reunião da família no Natal é a hora de abrir os
presentes.
Bom, nessa hora a
animação está a toda. A expectativa atingiu o ponto mais alto da
festa. Cada um abrirá seu presente e alguns ficarão contentes e
muito felizes, outros, contidos e descepcionados.
Mas não faz mal.
No próximo ano, quem sabe, receberá aquela bicicleta por vezes
pedida ao Papai Noel.
É bem verdade que
a criançada hoje não quer mais saber de bicicleta no Natal. Isso
são para os marmanjos que se reúnem com outros amigos e pedalam
pelas ruas perigosas da cidade.
Hoje a criançada
quer um telefone inteliente, que faça de tudo, inclusive chamadas.
Logo no começo
dessa minha pequena história falei do clássico quadro das festas
natalinas que habituamos a ver nas telas de cinema, novelas, contos
natalinos e etc.
Algo bem distante
da realidade do Natal de muitas famílias brasileiras.
O objetivo do
espírito natalino, por vezes ouvido nas propagandas, é o de ganhar
presentes. Nada da tradicional reunião familiar,. Os mais jovens
acham que isso é até... morgado.
Comércio,
dinheiro, felicidade... Eis o espŕito natalino apregoado pelas ondas
místicas da tevê, nas páginas certinhas das revistas e, porque
não, até no espetacular momento do rádio.
E para sastifazer
ao espírito natalino das pessoas ele já está aí.
Em esquinas,
shoppings, na conversa do dia a dia, espírito das pessoas, 'e aí, o
que vai fazer nesse Natal?', como se ele já fosse na próxima
semana, no próximo mês.
Ainda faltam nada
menos que dois meses, mas as pessoas já estão correndo para não
deixar ninguém sem o presente de Natal.
Ao que se deve
essa enorme antecipação, atropelando o nosso sagrado calendário
festivo?
Não, não vamos
ser simplistas e afirmar que deve-se ao consumismo.
Comprar é a
resposta para o mal que ataca a maioria das pessoas.
É a cura para o
padecimento da ansiedade.
Por que uma
sociedade ansiosa está sempre propícia a aceitar os eventos fora de
seu contexto.
O que importa
dezembro, se podemos criar o ambiente natalino em outubro, logo após
a gastança do dia das crianças?
Está lá para
fazer-nos lembrar para onde deverá ir nosso décimo terceiro.
E isso estimula a
ansiedade, principalmente nas crianças, as verdadeiras vítimas do
espírito natalino.
Crianças
ansiosas. Ser humano ansioso. Uma sociedade que não sabe esperar.
Para vocês
criançadas, uma boa noite de Natal! Divirtam-se enfeitando árvores,
comam suas comidas preferidas, brinquem com seus amigos, corram pela
casa, vivam um Natal cheio de alegria.
Não liguem se
dessa vez não há presentes. É que nesse ano nós também
resolvemos apenas brincar de Natal.
Um campanha da
FIEC, Federação das Indústrias do Estado do Ceará, e CDL, Câmaras
de Dirigentes Lojistas do Ceará.
Tudo bem, não foi a FIEC nem a CDL quem escreveu esse pequeno texto.
Mas não custa-nos sonhar nessa época.
Tudo bem, não foi a FIEC nem a CDL quem escreveu esse pequeno texto.
Mas não custa-nos sonhar nessa época.
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