Definitivamente essa não era a notícia que queríamos ouvir hoje, na data em que comemoramos o dia do jornalista. Fato terrível que chocou-nos. Um jovem, de 24 anos, adentra uma escola armado com dois revólveres, distribuindo, a esmo, tiros, visando as cabeças de indefesas crianças. Conta-se que atirou mais de cem vezes. Só parou quando a polícia o alvejou, na perna. Sem saída, tirou sua própria vida.
Não tenho notícia de igual acontecimento em nosso País. Espantados, os que veem as imagens pela primeira vez perguntam-se se o que aconteceu foi aqui no Brasil. Sim, respondo, um tragédia exportada! Mas, ainda bem, apenas um fato isolado, enquanto que nos EUA, tragédias como essa, tornaram-se pano de fundo de uma sociedade armada até os dentes.
Estávamos acostumados, no pior sentido da palavra, a crimes mais 'lógicos', morte após briga entre pessoas que consumiam álcool, vítimas fatais da imprudência de motoristas no trânsito, mortes ligadas ao consumo de drogas ilícitas, seqüestro, crimes passional, enfim, os que frequentemente aparecem nos nossos jornais.
Psicose, fanatismo religioso, argumentações que em princípio surgem para nos dar respostas. Mas creio que as respostas precisas para essa tragédia nunca as tenhamos. A covardia do ato e o desespero das mães que deixaram seus filhos numa instituição para educar, e acabaram retirando-as de lá sem vida, manchará profundamente, para sempre nossos espíritos.
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