Vi hoje a manchete no Estadão – versão online – que analistas consideram que o Brasil chegará enfraquecido na reunião do G-20. Fui ler os motivos que levaram aos analistas à suas conclusões. Um dos argumentos baseia-se na de que o Brasil não participou dos dois últimos encontros do Grupo, o que demonstraria pouco interesse na reunião.
É correto de que o presidente Lula não participou da última reunião realizada em julho deste ano. Explicou-se: não poderia sair do País naquele momento, pois assistia aos desabrigados do Nordeste, vítimas das enchentes.
Quem não se sensibilizaria com a atitude de um Presidente de delegar sua participação para qualquer reunião, e ajudar seus compatriotas, vítimas da tragédia que deixou milhares de brasileiros sem suas casas, e alguns perderam até famílias inteiras?
Bom, os analistas internacionais, ou alguns, de alguma universidade norte-americana, não se sensibilizaram, e acharam que foi uma desculpa pouco convincente para que Lula não fosse à reunião do G-20. Pouco convincente, acreditam!? E o Estadão fez questão de reproduzir (fez seu papel) cada palavra desses absurdos.
Até aí tudo bem! Ouviu os dois lados. Até porque, destaca também as 'desculpas' do presidente e dos seus ministros pelo não comparecimento às reuniões anteriores. O ministro Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meireles, afirmaram as retas finais das eleições e as ações para barrar a valorização do real.
Mas, na verdade, quem lê o noticioso, percebe o discurso do 'não queremos o protagonismo com esse presidente nos comandando' praticado pelo Estadão.
Mais grave ainda é passar a impressão de que ajudar os nordestinos, vítimas das enchentes, foi uma "desculpa pouco convincente" para o não comparecimento ao G-20, ou para qualquer outra reunião.
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