quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A quebra dos sigilos e as pesquisas eleitorais

O fato de a Receita ter sido vítima de uma fraude, é muito grave. Pois põe em risco a credibilidade de uma instituição importante. Se foi um crime comum, de estelionato, por exemplo, a PF tem que tomar uma atitude rápida e eficaz. Pelo contrário, se foi por motivo político, ainda é mais grave, pois revela que há em nosso país, gente disposta a conseguir o poder destruindo a reputação de uma instituição séria.

 

O caso da quebra de sigilo de vários nomes na Receita Federal, incluindo aí quatro nomes do PSDB, e agora a da filha do José Serra, é fácil de compreender quando começamos a perceber a projeção sistemática do caso na mídia, em sintonia com as pesquisas de preferência. Explico.

 

Quando surgiu em setembro de 2008 o caso da quebra de sigilo dos membros do PSDB, a ministra Dilma ainda não era cogitada para ser candidata. Só nessa informação já cabe a pergunta, porque alguém queria esses dados em 2008? O assunto, portanto, requentado, volta somente quando os números dão conta do avanço da candidata petista, e não antes, e da queda dos números do candidato Serra. Até aí compreensível, eles lançaram uma ofensiva trazendo à tona um caso de 2008.

 

Mas aí novas pesquisas são divulgadas, e novamente Dilma aparece na frente do tucano. Pelo que me parece, o eleitor não havia conseguido fazer a ligação dos tucanos que tiveram seus dados sigilosos quebrados ao candidato tucano José Serra. Então, nova ofensiva.

 

Agora quem é a vítima é a própria filha de Serra, numa tentativa de dizer para o eleitor 'olha, foi a filha do Serra dessa vez' num claro interesse de mostrar o Serra como o alvo. E não duvide se nos próximos números dos institutos de pesquisas, se Dilma continuar subindo, será o próprio Serra quem terá seus dados sigilosos quebrados.

 

Preocupa-me bastante esse tipo de procedimento. Faz parecer que o algo por trás das câmeras é preparado para tomar de assalto às instituições brasileiras. Algo que faz tremer-me dos pés a cabeça com a conivencia da mídia com a teoria do 'fim a qualquer custo'. 

 

É aguardar para ver!


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