sexta-feira, 9 de julho de 2010

O sentido da memória.

Às vezes, quando estou caminhando por um lugar qualquer, me vem o passado da minha infância ou da minha juventude. A lembrança chega-me através de imagens, através do som, através do perfume que, por uma fração de segundos, preenche minha cabeça de recordações, revelando-me histórias e personagens há muito esquecidos. Engraçado!... a maioria das lembranças tem no odor o principal combustível da minha máquina memorial. De todos os meus sentidos, foi o olfato o que me concedeu a maior parte do arquivo de memórias. Ou por outro lado, é o mais estimulado em certas ocasiões. São recordações arrancadas docemente. Repentinas, pegam-me sempre desprevenido. Quando percebo, perplexo! por passar tanto tempo esquecido de fatos tão significativos de minha vida.  E serão essas tão vivas recordações sinais da idade como costumamos falar? Mas como, se sou relativamente novo? 31 anos! Qual nada. Idade considerada a bem pouco como a meia idade de um brasileiro. Hoje vivemos quantos?... Será que são 75 anos? Mudou muito pouco. Bom, o certo é que são deliciosas sensações novas. As experiências acumulam-se no decorrer dos anos vividos de uma pessoa e agora bem sei como isso se dá. E por todo caminho que sigo, meus sentidos, atentos, captam o cheiro, o perfume, o som dos tempos de outrora. Tempos bem felizes; às vezes tristes. Mas sempre para frente, confiante... 


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