quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Tiros da ALECE

Hoje no parlamento cearense foi dia de analisar os números relativos às mortes durante o carnaval de 2010. Estampados em manchetes nos principais jornais do estado, os números mostram um aumento significativo de mortes consideradas violentas. As Críticas iniciaram-se com o deputado Fernando Hugo (PSDB) e terminou somente nas explicações pessoais com o líder do governo Nelson Martins (PT), rebatendo críticas do deputado Heitor Férrer (PDT). Muito foi discutido, pouco foi o resultado prático delas. Não concordo com o clima de terror sugerido por alguns que criticaram o secretário de governo, Roberto Monteiro, nem sou cego de perceber que a disparidade entre o investimento do governo do estado, em grandes obras turística é bem maior que a dívida social que o estado tem com relação, por exemplo, com a educação e a saúde pública. O fosso tomou proporções tão gigantescas, que apesar do montante do capital investido em turismo nessa gestão - que foi astronômica, mesmo assim ainda vai demorar anos para começar a dar algum retorno significativo. Enquanto isso o abismo engole o cearense ao mesmo tempo em que engolimos o abismo do 'crack'. Não é mais a fome, a roupagem que veste o banditismo social do nordeste como nos célebres filmes do cinema novo de Glauber Rocha; aliás, o banditismo social no Brasil inteiro veste-se com a roupa do crack.

Certos os que criticaram o secretário de segurança e certo quem o defendeu, pois dentro da panela da herança cultural do estado de Ceará, todos os protagonistas que fazem a realidade de agora tem sua parte no tempero.

Por favor, Deputados Cearenses: Jornalista. Não atirem!




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